Olá, leitores!
A resenha de hoje é especialmente para os fãs de HQs. Vamos falar sobre A Identidade secreta dos Super-Heróis, um livro que promete desvendar as histórias e origens dos maiores sucessos das HQs.
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Título: A Identidade secreta dos Super-Heróis / Autor (a): Brian J. Robb / Editora: Valentina
Páginas: 304 / Skoob: Adicione / Compare e Compre: Buscapé / Minha avaliação: ★★★★★
Sinopse: Do Super-Homem aos Vingadores, a evolução das lendas dos quadrinhos. A primeira aparição do Super-Homem em 1938 foi um momento sísmico na cultura pop mundial. Desde então, centenas de super-heróis foram criados, desconstruídos e reinventados para novas gerações de fãs de revistas em quadrinhos, especialmente os ícones da DC, Batman e Mulher-Maravilha, e os X-Men e Vingadores, do Universo Marvel. Você sabia que o Capitão América surgiu socando Adolph Hitler em sua revista de estreia? Que vários elementos da mitologia do Super-Homem, como a kriptonita — seu ponto fraco — e o amigo Jimmy Olsen, vieram do seriado de rádio e só depois foram incorporados aos gibis? Que a famosa minissérie Guerras Secretas, da Marvel, foi criada por encomenda para lançar uma linha de brinquedos e que foi publicada no Brasil completamente adulterada e mutilada? Esses e outros segredos guardados a sete chaves pelos personagens das HQs estão em A Identidade Secreta dos Super-Heróis. Nesta ampla e fascinante exploração do fenômeno dos heróis dos quadrinhos, Brian J. Robb mapeia a ascensão dos super-heróis americanos, do auge inicial na era da Grande Depressão em gibis descartáveis ao renascimento brilhante nos blockbusters mais populares do cinema do século XXI.
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Eu, como qualquer fã de HQs, quando vi esse lançamento da Editora Valentina, fiquei mega interessada em lê-lo. Esse livro mostra as principais informações sobre o surgimento, desenvolvimento, queda e ascensão dos heróis.
Brian J. Robb dividiu o livro em cinco partes: Origens!; Crise!; Excelsior!; Confusão! e Dominação!.
Ele começa em 1938, quando foi lançada a Action Comics (DC Comics) nº 1, que deu o pontapé inicial para algo fenomenal com o lançamento do icônico Superman, afinal até aquele momento só existiam as tirinhas em periódicos e revistas.
Robb faz aqui um pequeno apanhado do que havia antes do lançamento da Action Comics nº 1, onde se tem notícia dos primeiros quadrinhos e como ele se desenvolveu no decorrer dos anos. E assim acontece a Era de Ouro das revistas em quadrinhos.
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Depois vem a crise que ocorreu após a era de ouro que ocorreu entre os anos de 1940 e 1945, momento em que havia uma enxurrada de gibis em circulação. E cada vez mais os quadrinhos se tornavam patrióticos e de alguma forma incluíam a guerra em suas histórias. Só que após a guerra as vendas começaram a cair cada vez mais, pois com o excesso de material o que mais se encontrava eram histórias rasas com tramas bobas.
Também nessa época surgiu o Comics Code Authority que impunha regras para que os quadrinhos pudessem ser publicados e vendidos. Até mesmo um estudo apareceu para afirmar que os quadrinhos não eram recomendados para crianças e adolescentes e isso causou uma enorme censura nos gibis de heróis por quase sessenta anos.
Contudo nesse momento surgiu um novo tipo de quadrinho voltado exclusivamente para o público infantil, onde os personagens são Mickey, Pateta e cia, Tarzan e outros que fazem sucesso até hoje.
Depois Robb conta como a Marvel Comics, principal rival da DC surgiu, trazendo heróis que tinham traços mais realistas e uma abordagem diferente. Inclusive quando se iniciou a era de prata dos quadrinhos, enquanto a DC relançava seus sucessos da era de ouro, a Marvel publicava novos personagens e os roteiristas buscavam criar certa identificação entre os personagens e os leitores.
Com isso a Marvel passou a ter uma atenção maior do publico e passou a ser referência no que diz respeito às HQs. E essa foi a Era de Prata dos quadrinhos.
Com o fim da era de prata houveram mudanças tanto nas editoras quanto no clima político, o que acabou se refletindo nas revistas em quadrinhos e um novo tipo de personalidade apareceu, o anti-herói… Enquanto os heróis estão ali para salvar o mundo, os anti-heróis se situam na estreita faixa entre o bonzinho e o vilão… Eles buscam fazer justiça, mas ao seu modo e nem sempre de acordo com as regras e da forma como deveria ser.
Como meus personagens preferidos são anti-heróis, adorei conhecer mais sobre esse aparecimento nas histórias! Os heróis são bonzinhos e certinhos demais. Prefiro até os vilões aos heróis rsrsrsrsrsrs.—
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Nos anos 70 algo novo surgiu e deu um novo gás ao mercado editorial de HQs, uma espécie de desconstrução do que é ser um super-herói. Agora os quadrinhos se preocupavam com o modo que as revistas seriam vistas pelos leitores, os personagens já famosos ganharam novas facetas ao serem remodelados, os que iam surgindo já apareciam bem mais complexos e profundos, as editoras passaram a criar novos selos para esse novo material.
A forma como os editores da DC viram para reconstruir o Homem de Aço foi com a inesperada e fantástica morte do Super-Homem, que foi um grandioso marco e mostrou ao mundo como ele seria se de fato ele morresse. Quando lançaram O Retorno do Super-Homem, uma série de cinco revistas que se tornaram as mais vendidas do mês, todos quiseram saber o que havia acontecido e como ele conseguiu voltar.
Após essa repaginada feita nos personagens das HQs não havia mais dúvidas de que o mundo era delas! Os heróis estavam aparecendo em outros meios, principalmente, no primeiro momento, nas radionovelas. Mas a cada momento eles iam ganhando mais e mais espaço nas outras mídias e se tornou o que vemos hoje em dia, em que existem na TV, no cinema, em brinquedos, vídeos do Youtube, etc.
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Mesmo quem não conhece nada de quadrinhos não se sentirá perdido lendo esse livro, o autor conseguiu mostrar de uma forma bastante acessível os detalhes que rodeiam a criação e o desenvolvimento das HQs.
E, mais uma vez, a Editora Valentina fez um trabalho fantástico com a edição desse livro. A capa, além das cores chamativas com heróis voando, veio com uma textura quase igual as páginas das antigas HQs. Antes de cada capítulo existe uma separação com detalhes e desenhos que também seguem o estilo das HQs.
Mesmo com os capítulos extensos, a leitura de A Identidade secreta dos Super-Heróis flui de uma forma bem legal.
E é claro que eu super recomendo sua leitura!