01
nov

Resenha | Perto o bastante para tocar – Colleen Oakley

Categorias: Livros

Já conseguiu se imaginar nascendo com uma doença rara que te deixe tão incapacitado ao ponto de você não poder ter contato nenhum com outros seres humanos? Essa é a temática do livro que você vai conhecer na resenha de hoje: Perto o bastante para tocar, de Colleen Oakley.

 

Título: Perto o bastante para tocar / Editora: Bertrand Brasil / Páginas: 350

Autor (a): Colleen Oakley / Skoob: Adicione / Minha avaliação: ★★★

Sinopse: Jubilee Jenkins é uma jovem com uma condição médica rara: ela é alérgica ao toque de outros humanos. Depois de uma humilhante experiência de quase morte na escola, Jubilee tornou-se uma reclusa, vivendo os últimos nove anos nos confins da pequena Nova Jersey, na casa que sua mãe deixou quando fugiu com um empresário de Long Island. Mas agora, sua mãe está morta, e, sem seu apoio financeiro, Jubilee é forçada a sair de casa e encarar o mundo do qual tem se escondido – e as pessoas que o habitam.

Uma dessas pessoa é Erik Keegan, um homem que acabou de se mudar para a cidade por causa de seu trabalho e que está lutando para descobrir como sua vida saiu dos livros. Até que um dia, ele conhece uma mulher misteriosa chamada Jubilee…

Jubilee tem uma doença rara e até onde sabemos também é incurável. Doença essa que é caraterizada por uma alergia ao toque humano. Depois do seu tão sonhado porém drástico primeiro beijo, ela decide ficar reclusa em casa. Conforme os anos se seguem, Jubilee descobre que com a internet é possível se ter quase tudo, mas ela também acaba desenvolvendo algumas fobias devido aos longos nove anos que não sai de casa.

Entretanto, o que Jubilee não esperava acontece: sua mãe falece, assim, ela perde também a mesada que recebia mensalmente. Consequentemente as dívidas começam a se acumular e ela precisa sair de casa para encontrar um emprego; mas como ela faria isso se nem ao velório da mãe foi capaz de ir?! porém nossa protagonista é uma jovem inteligente, determinada e finalmente quando decide sair de casa, encontra uma “velha amiga” que acaba lhe arrumando uma vaga na biblioteca municipal da cidade. E é la onde ela conhece Eric!

Eric não é o típico masculino maravilhoso, mas é um pai super atencioso e preocupado com seu filho (que diga-se de passagem é uma figura!). Porém nem tudo são flores para ele também, já que tem outra filha com quem “não fala” há alguns anos e isso é o que mais o tortura.

E no meio disso tudo Jubilee e Eric acabam se aproximando e, apesar de não poderem se tocar, acabam encontrando conforto um no outro e se ajudando.

Apesar de ter achado um tanto devagar todo o desfecho da história, eu gostei bastante por ser um romance leve e sensível, mas principalmente pelo crescimento dos personagens. Além disso, é um livro divertido onde temos vários momentos engraçados que nos fazem rir com algumas atitudes dos personagens. E outro ponto a ser ressaltado é que logo quando li a sinopse lembrei de Tudo e todas as coisas, onde a personagem também tem uma doença que a impede de sair de casa, só que diferente do outro mencionado, aqui os personagens já são adultos e com uma bagagem emocional bem marcante.

O livro é narrado em primeira pessoa, por Erik e Jubilee, que são muito cativantes apesar de suas personalidades diferentes. E é claro que não poderia deixar de dizer o quanto amei essa capa né gente? Pra quem gosta desse tipo de leitura, eu super recomendo!

 

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07
ago

Resenha | Um Acordo de Cavalheiros – Lucy Vargas

Categorias: Livros

Queridos leitores, alerta de VÍCIO

Para quem ama aquele romance que lhe tira o sono, faz a respiração ficar ofegante, o coração bater acelerado, e fica de cara quando tudo se encaixa, fica comigo mais um pouquinho porque vamos viajar no tempo para as temporadas de bailes londrinos.

Já estão se imaginando numa festa? Ainda não? Pois já podem se preparar, porque a partir de agora vocês estão oficialmente convidados para esse baile!

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Título: Um Acordo de Cavalheiros / Autor (a): Lucy Vargas / Editora: Bertrand Brasil

Páginas: 350 / Skoob: Adicione / Minha avaliação: ★★★★★

Sinopse: Tristan Thorne, o Conde de Wintry, não é um homem para brincadeiras. Com uma vida de segredos, amado e odiado na sociedade, ele não é o parceiro ideal para uma dama. Dorothy Miller não sabe o que há por trás de suas motivações, apenas que ele é bastante intenso. Os jornais dizem que ele bebe demais, joga demais e ama escandalosamente. E até mata. Como uma dama determinada a ser dona do próprio destino como Dorothy Miller acaba em um acordo com um homem como Lorde Wintry? Você teria coragem de guardar um segredo com o maior terror dos salões londrinos? Lembre-se: Nunca faça acordos com ele, pois o conde sempre volta para cobrar.

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O ano era 1818, evento de pré-temporada na casa de Lady Russ em Londres, e lugar onde tudo começou para Dorothy Miller e Tristan Thorne. Vamos conhecer um pouco dessa história, para só assim entender como foi que uma dama se meteu nesse acordo de cavalheiros.

Dorothy era uma dama respeitável da sociedade, iniciava essa temporada em Londres como a missão de conseguir um bom casamento para sua prima Cecília. A menina tinha gostos excêntricos, por assim dizer, e era uma tagarela, o que tornava a missão de Dorothy complicada.

Dorothy havia perdido os pais quando ainda era criança, então seu tio, o Sr. Felton, a recebeu em sua casa. Ela estava com 26 anos, o que para sua família era uma idade para já estar casada, mas ela não se importava. Dorothy era forte, independente e não se encaixava naqueles valores moralistas que queriam lhe impor.

Foi naquela noite, enquanto estava no evento de Lady Russ, que Dorothy, após algumas taças de vinho, se viu presa àquele maldito sedutor que era Tristan Thorne. Uma noite, algumas horas de conversa, uma garrafa de vinho, e nossa dama acordou na cama daquele conde safado, com o vestido e o cabelo bagunçados e sem nem lembrar como foi parar ali.

Mas lá estava ele à meia luz, cheio de más intenções, com um sorriso no canto dos lábios e bem disposto a refrescar sua memória. Nossa dama não tinha ideia de onde havia se metido, mas estava bem perto de descobrir, pois no dia seguinte ele a procuraria para lhe propor um acordo.

Mesmo sem saber ao certo como foi que ela se meteu nisso, Dorothy aceitou a proposta de Tristan Thorne e, desde então, por mais difícil de acreditar que seja, ambos começaram a descobrir lados de si mesmos que jamais pensariam existir.

Dorothy vivia em uma época em que não casar significava ruína para uma mulher. Basicamente, o contexto histórico delas era crescer se preparando para o momento em que chegaria a idade de casar e garantir um herdeiro para seu esposo. Se o homem era de uma boa família e tinha uma boa aparência, então já era um pretendente a futuro marido. Em momento nenhum era colocado em pauta a felicidade dessas mulheres.

Mas, mesmo contra todas as probabilidades, nossa dama se recusava a viver os padrões estabelecidos pela sociedade. Era óbvio que ela queria casar, mas se aquilo não acontecesse, por ela tudo bem. Dorothy se achava no direito de buscar seu lugar na sociedade sem precisar estar vinculada a um marido para isso.

No outro extremo dessa história está nosso Conde descarado, o qual só de ouvir seu nome, as damas estremeciam de pavor. Tristan também havia perdido os pais quando era criança e foi criado por sua tia, que o amou incondicionalmente como se realmente fosse seu filho. Mas ele também a perdeu e acompanhamos sua busca incansável para descobrir qual a verdadeira causa da morte dela, pois ele tinha certeza não ter sido causa natural, como haviam lhe falado.

Mesmo alimentando todos as histórias horríveis a seu respeito, e ainda ajudando para que elas se tornassem piores, Tristan conseguiu tempo para se aventurar em um romance secreto e cheio de reviravoltas com Dorothy Miller. O que pra ele foi uma novidade, pois ele fugia de damas da sociedade como o diabo foge da cruz. Porém, depois do que aconteceu no evento de pré-temporada, Tristan se viu louco de desejo de possuir aquela mulher, ele já havia planejado em sua mente inúmeras formas de lhe proporcionar prazer, tanto quanto ela nunca imaginou receber em sua vida. Porém, ele também foi pego por essa história.

Ambos encontraram no outro alguém para conversar, para ser quem realmente eram, encontraram um amigo nos braços um do outro, e o que era para ser apenas um caso secreto se transformou em momentos divertidos e de compartilhamento, mas que acabariam ao fim daquela temporada. Ou será que não? Será que atrelada aquele lorde devasso, Dorothy ainda conseguiria manter algo de casto?

Mesmo tratando-se de um romance de época ardente e escandalosamente envolvente, que prende você desde o início, Um Acordo de Cavalheiros é um livro que vem cheio de empoderamento para nós mulheres. Nos mostra que mesmo em uma história fictícia é real que buscamos nosso lugar no meio de uma sociedade que quer nos impor tudo o que devermos ser ou fazer de nossas vidas.

Dei a esse livro 5 estrelas, mas daria até 1000, por ser um livro de conteúdo tão maravilhoso, não só pelas cenas picantes, que em certos momentos me deixou com as bochechas ardendo de vergonha, mas por tudo o que ele explora ao longo de seus capítulos. É uma leitura leve, engraçada, tensa em alguns momentos e também comovente. Mas que faz valer a pena cada minuto dedicado a ele.

Sobre a autora, Lucy Vargas, só tenho uma coisa a dizer: parabéns por essa obra incrível, já quero novas leituras!

Beijos e até a próxima, pessoal!

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