A garota que você deixou para trás é mais um romance escrito por Jojo Moyes, e esse fato foi a única motivação para eu lê-lo antes mesmo de saber do que se tratava. O livro todo gira em torno de um quadro pintado por Édouard Lefèvre. Na tela, ele retratou a esposa, Sophie Lefèvre, em sua melhor forma.
Sinopse: Obrigada a cozinhar para os soldados alemães que ocupam St Pérone, na França, Sophie Lefèvre mantém exposto no restaurante da família o quadro pintado por seu marido, o artista Édouard Lefèvre. O comandante responsável pela ocupação da cidade fica completamente envolvido pela imagem de Sophie na tela, e parece também se sentir atraído por ela. Quando chega a notícia de que Édouard foi enviado para um campo de prisioneiros, Sophie propõe uma troca arriscada na tentativa de garantir a liberdade de seu grande amor.
Quase cem anos depois, o retrato de Sophie tem agora lugar de destaque no quarto de Liv Halston, uma jovem viúva que mora numa casa com paredes de vidro. Presente de David, seu falecido marido, o quadro A garota que você deixou para trás tornou-se símbolo de todas as boas lembranças de seu breve casamento. Quando Liv decide sair do luto e volta a se abrir para a vida, os herdeiros de Édouard Lefèvre aparecem para reivindicar a posse da obra, alegando que o quadro fora roubado pelos alemães.
Uma trama tecida com habilidade. A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.
A primeira parte do livro, narrada por Sophie, é datada de 1916 e mostra a rotina em St Péronne, depois da I Guerra Mundial. Sophie mora com os irmãos e os sobrinhos no que restou do Le Coq Rouge, um antigo hotel da família. Seu marido e cunhado foram levados para enfrentar os alemães, deixando Sophie e a irmã responsáveis por garantir a sobrevivência das crianças da casa. Longe deles, as duas tentam vencer a fome, o medo, a miséria, a opressão e todas as outras dificuldades causadas pela guerra. Apesar de tudo, Sophie mantém viva a esperança de um dia reencontrar Édouard e tudo voltar a ser como antes, alegre, como no quadro que ele fez em sua homenagem quando se casaram.
“Quando você voltar, Édouard, juro que serei de novo a garota que você pintou.” Página 17
A situação da família parece ficar ainda mais complicada quando o Kommandant alemão escolhe como o ponto de alimentação dos militares o hotel Le Coq Rouge. A princípio, Sophie tenta resistir, pois sabe que será alvo de desconfiança dos outros moradores da cidade, mas como se trata de uma ordem, ela e a irmã passam a cozinhar diariamente para eles. Com o tempo, a família de Sophie passa a se alimentar melhor, e ela começa uma suposta amizade com o Kommandant. Ele parece gostar de sua companhia e, principalmente, da Garota que você deixou para trás. Percebendo isso, e arriscando sua vida e a reputação de sua família, Sophie propõe ao Kommandant uma troca que poderá trazer de volta seu tão amado marido.
O tempo passa e uma terceira pessoa nos apresenta Liv Halston. O ano é 2006 e o cenário é Londres. Endividada e morando sozinha numa moderna casa com paredes de vidros, Liv ainda não sabe como seguir em frente após a morte de seu marido David. Ela reencontra Mo, uma amiga da faculdade e a leva para morar em sua casa. Logo após, conhece de uma forma bem inusitada o belo Paul, e aos poucos começa a se envolver com ele. Quando aparentemente tudo parece está indo bem, Paul reconhece A garota que você deixou para trás na parede da casa de vidro. Ele trabalha recuperando obras de arte perdidas e esse quadro é a obra que seu atual cliente está procurando. Como esse quadro foi um presente de David, Liv não aceita a ideia de ter que se desfazer dele e enfrenta tudo para preservar a principal lembrança que tem do marido. Ela decide disputar essa briga no tribunal e é nesse momento em que os enigmas por trás da garota vão sendo desvendados.
“Sabe de uma coisa? Acho que isso não tem nada a ver com o quadro. Acho que tem a ver com a sua incapacidade de seguir em frente. Abrir mão do quadro significa deixar David no passado. E você não consegue fazer isso.“ Página 274
As duas protagonistas são encantadoras! Sophie nos chama mais atenção logo de início, por sua força e principalmente pela esperança em reencontrar o marido, mesmo quando tudo parece perdido. Os relatos sobre o horror da guerra também dão o tom emocionante a essa primeira parte. Demorei mais a me simpatizar com Liv, mas com o desenrolar da trama, descobri o quão forte ela era. Lutar contra tudo e contra todos para defender a imagem que ela tinha daquele quadro realmente a fez uma personagem muito forte. É admirável como ela tenta preservar a reputação de Sophie, mesmo sabendo tão pouco sobre ela. O livro apresenta outros personagens, todos eles muito importantes na trama. Gostei em especial da Mo, que é super divertida e do Paul, que mesmo depois de colocar Liv numa situação complicada, é impossível não torcer para que eles se acertem.
Concluindo, o livro é mesmo muito bom e merece entrar na sua lista de leitura! Indico a todos, principalmente a quem gosta da temática de guerra e de histórias que intercalam presente e passado.
Sobre a autora, a conheci em Como eu era antes de você, que sem dúvida foi uma das melhores leituras da minha vida! Amei tanto que fui em busca de outros livros dela e hoje já tenho pelo menos mais dois na espera (prometo falar deles aqui em breve). 😉
Um super beijo e até a próxima!
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